Livro: Jabuti sabido e macaco metido
Autora: Ana Maria Machado
Ilustrações: Raul Gastão
Editora: Companhia das Letrinhas
Sinopse:
Um texto belo e divertido que mostra que nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Num concurso de esperteza, acompanhamos o desempenho dos bichos, até a disputa final entre o discreto jabuti, que não fazia alarde de sua inteligência, e o macaco, que mais falava do que fazia.
Autora: Ana Maria Machado
Ilustrações: Raul Gastão
Editora: Companhia das Letrinhas
Sinopse:
Um texto belo e divertido que mostra que nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Num concurso de esperteza, acompanhamos o desempenho dos bichos, até a disputa final entre o discreto jabuti, que não fazia alarde de sua inteligência, e o macaco, que mais falava do que fazia.
Jabuti sabido e macaco metido
Jabuti pode parecer bicho meio bobo, assim – pesadão, devagar – mas não é nada disso!
Índio bem que sabe. Tanto sabe que conta um montão de histórias da esperteza de jabuti.
E tanto conta que até muita gente, que nem é índio, aprendeu a contar também. Até casos inventados. Histórias feito está aqui.
Diz que era uma vez um jabuti muito esperto que morava lá no meio da mata, na beira do rio.
Na mata tinha bichos maiores (...), mais fortes (...), mais abraçadores (...), mais fedorentos (...).
Mas não tinha bicho mais esperto que o jabuti.
Uma coisa que acontece muito com quem não é esperto, imagine só... É justamente ficar “se achando” o mais esperto do mundo!
E era isso que acontecia lá na mata. (...)
Daí que resolveram fazer um concurso. Concurso bem concorrido, de ver quem era “o mais sabido”. E escolheram o homem para ser juiz. Mais exatamente um curumim, filhote de homem.
Curumim chegou e viu os bichos todos reunidos. Foi logo começando e perguntando:
-- Qual a esperteza de vocês?
Cada um foi contando vantagem. (...) A raposa se gabava de que, uma vez, se fingiu de bicho-folhagem.
Só o jabuti não dizia nada. Quando curumim perguntou a ele, foi desconversando:
-- Não sei nada disso, não! ... Eu sou é muito bobo. Qualquer um me engana.
Curumim logo viu que aquilo era mesmo disfarce danado de esperto, para ninguém prestar atenção nele. Ai, mudou de conversa e disse assim:
- Só pode ser fruta! As melhores frutas da floresta! Quem ganhar escolhe quantas quiser.
(...) Todos ficaram de acordo. Ai, curumim perguntou:
-- “O que é, o que é, que fica acima do céu?
A onça, que era mais forte, fez questão de responder antes de todo mundo. E gritou:
-- Ovo!
Ninguém entendeu. Mas é que ela achava que toda pergunta que começa com “o – que – é – o – que – é?” tem a mesma resposta: ovo. (...).
Se não fosse resposta da onça, todo mundo tinha caído na gargalhada.
Mas, dela, o pessoal tinha um medo danado! Por isso, fizeram de conta que não tinham ouvido nada. Só curumim falou:
-- (>>>) Está errado!
Cada bicho foi dando uma resposta (...). Ninguém acertava. Até que o macaco disse:
-- É Deus!
E o jabuti disse:
-- É o acento agudo do é.
Ficou a maior discussão, uma achando que podia ser qualquer uma das duas respostas. Outros garantindo que só um tinha razão.
E curumim falou, pedindo atenção:
-- Vamos desempatar na escolha do prêmio. Quantas frutas você quer, macaco? Quantas você quer, jabuti?
O macaco, muito guloso, logo propôs:
-- Agora não quero nenhuma, que estou de barriga cheia. Vou guardar para amanhã de manhã. E ai vou querer todas as frutas que eu conseguir comer em jejum.
O jabuti nem se apressou e foi com calma que falou:
-- Quero uma.
Todos se espantaram:
-- Uma?
Ele confirmou:
-- Isso mesmo! Juntem todas as frutas que tiverem e contém todas. Uma é minha. Podem ficar com as outras.
No dia seguinte, bem cedo, lá estava os bichos reunidos, na frente de uma pilha de frutas enorme. Tinha (...) tudo quanto é fruta boa que der para se imaginar. O macaco, que não comia desde a véspera, foi logo avisando:
-- Eu começo!
E começou mesmo, rindo, achando que depois que acabasse com todas as frutas que conseguisse comer, em jejum, não ia sobrar nada para o jabuti. Mas quando ia descascar a segunda banana para botar na pança, ouviu logo o jabuti com sua voz mansa:
-- Pode ir parando ...acabou sua vez!
-- Como acabou? Ainda estou começando ...
-- Nada disso, você podia comer tudo o que conseguisse, em jejum. Só que agora não está mais em jejum, porque já comeu uma banana. Acabou.
Foi uma gargalhada geral, todos rindo do guloso. O macaco foi embora, de cara feia, furioso.
Curumim anunciou:
-- Agora é a vez do jabuti. Vamos contar as frutas, para ele tirar a dele.
E começou a contar:
-- Uma, duas, três ...
-- Pode ir parando – interrompeu o jabuti. – Deixa eu pegar a minha, essa ai que você chamou de uma.
E pegou. Depois disse:
-- Vamos, conte!
Quando curumim recomeçou e disse de novo:
-- Uma...
O jabuti interrompeu outra vez:
-- Uma? Então é minha...
E assim foi até o fim. Curumim não conseguia contar, porque toda vez que ele dizia uma, o jabuti pegava a fruta para ele e dizia:
-- É minha. Só quero uma.
“De uma em uma.” Ficou com toda a pilha!
Fruta de sobra, para ele dividir com os amigos e com toda a família.
Moral: A falta de atenção e a derrota da pessoa.
Ana Maria Machado
Entendendo a fábula:
01 – Para você, o que é ser esperto?
Resposta pessoal do aluno.
02 – Por que o curumim foi escolhido para ser o juiz?
Porque era filho de homem.
03 – O que fez o macaco perder o prêmio?
Porque a partir da segunda banana, já não seria mais jejum.
04 – De que maneira o jabuti agiu para ganhar todo o prêmio?
Toda vez que curumim falava uma, era a fruta do jabuti.
05 – Quais bichos aparecem na história?
O jabuti, a raposa, a onça e o macaco.
06 – O que significa a palavra curumim? Consulte o dicionário.
Menino, rapaz índio.
07 – Nessa história, que bicho era mais temido?
A onça.
08 – Complete a tabela com características de cada personagem de acordo com a história.
Personagem
|
Característica
|
Onça
|
Era a mais forte.
|
Macaco
|
Era o mais guloso. (Metido)
|
Jabuti
|
Era o mais esperto. (Sabido)
|
Curumim
|
Era homem.
|
09 – Você gostou dessa história? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno.
Livro: Jabuti sabido e macaco metido
Autora: Ana Maria Machado
Ilustrações: Raul Gastão
Editora: Companhia das Letrinhas
Sinopse:
Um texto belo e divertido que mostra que nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Num concurso de esperteza, acompanhamos o desempenho dos bichos, até a disputa final entre o discreto jabuti, que não fazia alarde de sua inteligência, e o macaco, que mais falava do que fazia.
Autora: Ana Maria Machado
Ilustrações: Raul Gastão
Editora: Companhia das Letrinhas
Sinopse:
Um texto belo e divertido que mostra que nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Num concurso de esperteza, acompanhamos o desempenho dos bichos, até a disputa final entre o discreto jabuti, que não fazia alarde de sua inteligência, e o macaco, que mais falava do que fazia.
Jabuti sabido e macaco metido
Jabuti pode parecer bicho meio bobo, assim – pesadão, devagar – mas não é nada disso!
Índio bem que sabe. Tanto sabe que conta um montão de histórias da esperteza de jabuti.
E tanto conta que até muita gente, que nem é índio, aprendeu a contar também. Até casos inventados. Histórias feito está aqui.
Diz que era uma vez um jabuti muito esperto que morava lá no meio da mata, na beira do rio.
Na mata tinha bichos maiores (...), mais fortes (...), mais abraçadores (...), mais fedorentos (...).
Mas não tinha bicho mais esperto que o jabuti.
Uma coisa que acontece muito com quem não é esperto, imagine só... É justamente ficar “se achando” o mais esperto do mundo!
E era isso que acontecia lá na mata. (...)
Daí que resolveram fazer um concurso. Concurso bem concorrido, de ver quem era “o mais sabido”. E escolheram o homem para ser juiz. Mais exatamente um curumim, filhote de homem.
Curumim chegou e viu os bichos todos reunidos. Foi logo começando e perguntando:
-- Qual a esperteza de vocês?
Cada um foi contando vantagem. (...) A raposa se gabava de que, uma vez, se fingiu de bicho-folhagem.
Só o jabuti não dizia nada. Quando curumim perguntou a ele, foi desconversando:
-- Não sei nada disso, não! ... Eu sou é muito bobo. Qualquer um me engana.
Curumim logo viu que aquilo era mesmo disfarce danado de esperto, para ninguém prestar atenção nele. Ai, mudou de conversa e disse assim:
- Só pode ser fruta! As melhores frutas da floresta! Quem ganhar escolhe quantas quiser.
(...) Todos ficaram de acordo. Ai, curumim perguntou:
-- “O que é, o que é, que fica acima do céu?
A onça, que era mais forte, fez questão de responder antes de todo mundo. E gritou:
-- Ovo!
Ninguém entendeu. Mas é que ela achava que toda pergunta que começa com “o – que – é – o – que – é?” tem a mesma resposta: ovo. (...).
Se não fosse resposta da onça, todo mundo tinha caído na gargalhada.
Mas, dela, o pessoal tinha um medo danado! Por isso, fizeram de conta que não tinham ouvido nada. Só curumim falou:
-- (>>>) Está errado!
Cada bicho foi dando uma resposta (...). Ninguém acertava. Até que o macaco disse:
-- É Deus!
E o jabuti disse:
-- É o acento agudo do é.
Ficou a maior discussão, uma achando que podia ser qualquer uma das duas respostas. Outros garantindo que só um tinha razão.
E curumim falou, pedindo atenção:
-- Vamos desempatar na escolha do prêmio. Quantas frutas você quer, macaco? Quantas você quer, jabuti?
O macaco, muito guloso, logo propôs:
-- Agora não quero nenhuma, que estou de barriga cheia. Vou guardar para amanhã de manhã. E ai vou querer todas as frutas que eu conseguir comer em jejum.
O jabuti nem se apressou e foi com calma que falou:
-- Quero uma.
Todos se espantaram:
-- Uma?
Ele confirmou:
-- Isso mesmo! Juntem todas as frutas que tiverem e contém todas. Uma é minha. Podem ficar com as outras.
No dia seguinte, bem cedo, lá estava os bichos reunidos, na frente de uma pilha de frutas enorme. Tinha (...) tudo quanto é fruta boa que der para se imaginar. O macaco, que não comia desde a véspera, foi logo avisando:
-- Eu começo!
E começou mesmo, rindo, achando que depois que acabasse com todas as frutas que conseguisse comer, em jejum, não ia sobrar nada para o jabuti. Mas quando ia descascar a segunda banana para botar na pança, ouviu logo o jabuti com sua voz mansa:
-- Pode ir parando ...acabou sua vez!
-- Como acabou? Ainda estou começando ...
-- Nada disso, você podia comer tudo o que conseguisse, em jejum. Só que agora não está mais em jejum, porque já comeu uma banana. Acabou.
Foi uma gargalhada geral, todos rindo do guloso. O macaco foi embora, de cara feia, furioso.
Curumim anunciou:
-- Agora é a vez do jabuti. Vamos contar as frutas, para ele tirar a dele.
E começou a contar:
-- Uma, duas, três ...
-- Pode ir parando – interrompeu o jabuti. – Deixa eu pegar a minha, essa ai que você chamou de uma.
E pegou. Depois disse:
-- Vamos, conte!
Quando curumim recomeçou e disse de novo:
-- Uma...
O jabuti interrompeu outra vez:
-- Uma? Então é minha...
E assim foi até o fim. Curumim não conseguia contar, porque toda vez que ele dizia uma, o jabuti pegava a fruta para ele e dizia:
-- É minha. Só quero uma.
“De uma em uma.” Ficou com toda a pilha!
Fruta de sobra, para ele dividir com os amigos e com toda a família.
Moral: A falta de atenção e a derrota da pessoa.
Ana Maria Machado
Entendendo a fábula:
01 – Para você, o que é ser esperto?
Resposta pessoal do aluno.
02 – Por que o curumim foi escolhido para ser o juiz?
Porque era filho de homem.
03 – O que fez o macaco perder o prêmio?
Porque a partir da segunda banana, já não seria mais jejum.
04 – De que maneira o jabuti agiu para ganhar todo o prêmio?
Toda vez que curumim falava uma, era a fruta do jabuti.
05 – Quais bichos aparecem na história?
O jabuti, a raposa, a onça e o macaco.
06 – O que significa a palavra curumim? Consulte o dicionário.
Menino, rapaz índio.
07 – Nessa história, que bicho era mais temido?
A onça.
08 – Complete a tabela com características de cada personagem de acordo com a história.
Personagem
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Característica
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Onça
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Era a mais forte.
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Macaco
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Era o mais guloso. (Metido)
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Jabuti
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Era o mais esperto. (Sabido)
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Curumim
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Era homem.
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09 – Você gostou dessa história? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno.
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