Um estudo publicado na
revista científica Translational Psychology sugere que atividades
musicais, como cantar e tocar instrumentos, pode melhorar habilidade de
comunicação de crianças autistas.
O autismo afeta 1 a cada 59 crianças no Brasil. De difícil diagnóstico e tratamento, o transtorno tem causas genéticas.
Há mais de 70 anos a ciência estuda a relação entre o autismo e a
música. Para entender melhor a ligação, pesquisadores da Universidade de
Montreal, na França, e da Universidade de McGill, no Canadá, fizeram um
ensaio clínico de três meses com crianças de seis a 12 anos.
Os pais dos participantes responderam questionários sobre as habilidades
de comunicação dos filhos, que fizeram exame de ressonância magnética
para que os pesquisadores observassem as atividades cerebrais de cada
um.
Durante a pesquisa, as crianças foram divididas em dois grupos: o
primeiro participou de sessões semanais de 45 minutos de terapia
envolvendo atividades de interação com música e o segundo teve sessões
de terapia com as mesmas atividades, só que sem música.
Depois de três meses, os pais das crianças que fizeram atividade com
música relataram significativa melhora nas crianças na parte de
comunicação e de qualidade de vida.
Novos exames de ressonância magnética feitos nos pacientes do primeiro
grupo sugerem que as melhoras são resultantes de uma maior conectividade
entre as regiões motora e auditivas do cérebro e menor ligação entre as
regiões auditivas e visuais, que são vistas com mais frequências em
quem tem autismo.
Segundo Megha Sharda, autora do estudo, os resultados são animadores. A
pesquisadora explica que para as pessoas com autismo pode ser um desafio
se comunicar prestando atenção ao que o outro diz, pensando em uma
resposta e ignorando o ruído à volta. Para isso, é crucial que as
ligações no cérebro sejam favoráveis.
Este é o primeiro estudo que mostra que atividades com música com
crianças autistas pode levar a melhoria tanto da comunicação quanto das
conectividades cerebrais de crianças com autismo.
“Nós precisaremos replicar estes resultados com vários terapeutas em
diferentes níveis de treinamento para avaliar se os efeitos persiste”,
afirma Krista Hyde, psicóloga da Universidade de Montreal.
Megha acrescenta que é importante ressaltar que o estudo não encontrou
mudanças nos sintomas do autismo. “Pode ser porque não temos uma máquina
sensível o suficiente para medir mudanças nos comportamentos de
interação social”, diz.
A equipe de pesquisadores está desenvolvendo ferramentas para avaliar se
a melhora nas habilidades de comunicação pode estar ligada à interação
entre as crianças e o terapeuta.
Um estudo publicado na
revista científica Translational Psychology sugere que atividades
musicais, como cantar e tocar instrumentos, pode melhorar habilidade de
comunicação de crianças autistas.
O autismo afeta 1 a cada 59 crianças no Brasil. De difícil diagnóstico e tratamento, o transtorno tem causas genéticas.
Há mais de 70 anos a ciência estuda a relação entre o autismo e a
música. Para entender melhor a ligação, pesquisadores da Universidade de
Montreal, na França, e da Universidade de McGill, no Canadá, fizeram um
ensaio clínico de três meses com crianças de seis a 12 anos.
Os pais dos participantes responderam questionários sobre as habilidades
de comunicação dos filhos, que fizeram exame de ressonância magnética
para que os pesquisadores observassem as atividades cerebrais de cada
um.
Durante a pesquisa, as crianças foram divididas em dois grupos: o
primeiro participou de sessões semanais de 45 minutos de terapia
envolvendo atividades de interação com música e o segundo teve sessões
de terapia com as mesmas atividades, só que sem música.
Depois de três meses, os pais das crianças que fizeram atividade com
música relataram significativa melhora nas crianças na parte de
comunicação e de qualidade de vida.
Novos exames de ressonância magnética feitos nos pacientes do primeiro
grupo sugerem que as melhoras são resultantes de uma maior conectividade
entre as regiões motora e auditivas do cérebro e menor ligação entre as
regiões auditivas e visuais, que são vistas com mais frequências em
quem tem autismo.
Segundo Megha Sharda, autora do estudo, os resultados são animadores. A
pesquisadora explica que para as pessoas com autismo pode ser um desafio
se comunicar prestando atenção ao que o outro diz, pensando em uma
resposta e ignorando o ruído à volta. Para isso, é crucial que as
ligações no cérebro sejam favoráveis.
Este é o primeiro estudo que mostra que atividades com música com
crianças autistas pode levar a melhoria tanto da comunicação quanto das
conectividades cerebrais de crianças com autismo.
“Nós precisaremos replicar estes resultados com vários terapeutas em
diferentes níveis de treinamento para avaliar se os efeitos persiste”,
afirma Krista Hyde, psicóloga da Universidade de Montreal.
Megha acrescenta que é importante ressaltar que o estudo não encontrou
mudanças nos sintomas do autismo. “Pode ser porque não temos uma máquina
sensível o suficiente para medir mudanças nos comportamentos de
interação social”, diz.
A equipe de pesquisadores está desenvolvendo ferramentas para avaliar se
a melhora nas habilidades de comunicação pode estar ligada à interação
entre as crianças e o terapeuta.
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