“ESQUECERAM MEU FINAL FELIZ”
Há alguns dias, enquanto dirigia numa rua movimentada aqui em Maceió, li num adesivo dum carro à minha frente esta inscrição: “Esqueceram meu final feliz”.
Aproximei-me um pouco mais do veículo pra saber do que se tratava, pra ver o contexto ou alguma referência a algum movimento, mas era apenas isso mesmo, só tinha essa frase.
A primeira pergunta que me veio à mente foi: por que alguém colaria um adesivo desse no seu próprio carro? Mil ideias saltitaram como resposta, mas talvez nenhuma delas corresponda à realidade daquele condutor.
Hoje me lembrei desse episódio e quer saber? Algumas vezes também já senti que esqueceram meu final feliz!
A gente vê isso nos livros, nos filmes, nas novelas, na vida dos outros... Então nada mais natural do que esperar que aconteça com a gente também, não é?
Mas peraí... O sujeito desta frase “Esqueceram meu final feliz” está na 3ª pessoa do plural; é, portanto, INDETERMINADO.
Oxe! Se a história é minha, como é que eu posso estar esperando que meu final feliz seja escrito por um sujeito indeterminado?
Além de irresponsável, isso é cômodo demais!
Não posso delegar a ninguém a tarefa de escrever a minha própria história.
Então é isto: meu final feliz ainda não aconteceu, porque estava nas mãos do "sujeito" errado!
Retomando as rédeas da minha vida em 3... 2... 1!
Lídia Vasconcelos
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