Discalculia
Discalculia: conheça o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática
O QUE PARECE APENAS PREGUIÇA OU FALTA DE ESTUDO PODE SER UM TRANSTORNO SÉRIO...
Distâncias
pequenas que parecem longas, dificuldade para fazer contas, não saber
ler números. Tudo aquilo que diz respeito à matemática dá um nó na
cabeça do seu filho? Saiba que isso pode ser sinal de discalculia.
Calendários,
mapas, sinais, relógios e símbolos se transformam em obstáculos na vida
de quem desenvolve esse problema, ligado a questões matemáticas.
A discalculia afeta de 3 a 6% da população mundial e consiste na
dificuldade em reconhecer, calcular e lembrar fatos numéricos.
Normalmente, ela pode andar de mãos dadas com a dislexia, distúrbio mais
conhecido, que atrapalha a leitura e a escrita.
O
comum é que o distúrbio venha acompanhado de dislexia ou transtornos de
aprendizagem, ansiedade e déficit de atenção e hiperatividade.”É um
transtorno de neurodesenvolvimento e de aprendizagem. A pessoa começa a
dar alguns sinais já na infância, mas fica mais evidente na fase
de escolaridade, época em que a criança realmente começa a ter um
contato mais estruturado com números”, explica Luciana Brites, psicopedagoga e mãe de Helô, Gustavo e Maurício.
Trata-se
de um problema causado por uma malformação neurológica. “Essa
dificuldade de aprendizado não acontece a partir de uma deficiência
mental ou má escolarização. As crianças não têm problema de inteligência
ou QI, mas para o raciocínio matemático, por exemplo, ela não tem noção
de proporção e posição numérica”, explica a especialista.
“Por ser um quadro disfuncional, é como se todas as
áreas que deveriam estar trabalhando no cérebro, nas área de
raciocínio, lógica matemática e espaço estivessem mal-conectadas”,
define Luciana. Crianças com
discalculia não conseguem identificar sinais matemáticos, fazer
contas, classificar números, entender medidas de tamanho, seguir
sequências, ver as horas, entender o valor de moedas e compreender
conceitos matemáticos, por exemplo.
Como diferenciar?
“Não podemos confundir discalculia com insegurança cultural que
observamos na aprendizagem da matemática ou com má pedagogia por não
ocorrer a completa transmissão de conteúdos de acordo com a idade e a
escolaridade”, alerta a especialista. A discalculia é um problema
biológico que nada tem a ver com aspectos do ambiente que afetam a
capacidade do seu filho em aprender matemática. Essas crianças costumam
ser muito inteligentes e capazes para a escola, mas surpreendentemente
não conseguem manter o mesmo padrão para as atividades matemáticas, na
geografia ou nas ciências, nas artes ou na educação física.
Diagnóstico
Ele requer avaliação multidisciplinar com o envolvimento de
especialistas nas áreas de psicopedagogia, neuropsicologia e
neuropediatria. “Os testes são qualitativos e quantitativos, mas o mais
importante é o diálogo entre a equipe para fazer o diagnóstico”, explica
a especialista.
Tratamento
Não existe cura para a discalculia, mas sim mecanismos para ajudar a
criança a se desenvolver da melhor forma, apesar de suas restrições. O
tratamento é somente psicopedagógico, com exceção de casos com
transtornos associados, como o TDAH, que requerem medicações. É baseado
em adaptação curricular e suporte psicopedagógico para a criança. O
diálogo com a escola deve estar sempre presente — professores e
coordenadores precisam compreender a dificuldade e fazer modificações no
conteúdo, para facilitar a aprendizagem da matemática. Não existe cura
para esta condição e o portador deverá aprender a lidar com o
transtorno.
Discalculia
Discalculia: conheça o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática
O QUE PARECE APENAS PREGUIÇA OU FALTA DE ESTUDO PODE SER UM TRANSTORNO SÉRIO...
Distâncias
pequenas que parecem longas, dificuldade para fazer contas, não saber
ler números. Tudo aquilo que diz respeito à matemática dá um nó na
cabeça do seu filho? Saiba que isso pode ser sinal de discalculia.
Calendários,
mapas, sinais, relógios e símbolos se transformam em obstáculos na vida
de quem desenvolve esse problema, ligado a questões matemáticas.
A discalculia afeta de 3 a 6% da população mundial e consiste na
dificuldade em reconhecer, calcular e lembrar fatos numéricos.
Normalmente, ela pode andar de mãos dadas com a dislexia, distúrbio mais
conhecido, que atrapalha a leitura e a escrita.
O
comum é que o distúrbio venha acompanhado de dislexia ou transtornos de
aprendizagem, ansiedade e déficit de atenção e hiperatividade.”É um
transtorno de neurodesenvolvimento e de aprendizagem. A pessoa começa a
dar alguns sinais já na infância, mas fica mais evidente na fase
de escolaridade, época em que a criança realmente começa a ter um
contato mais estruturado com números”, explica Luciana Brites, psicopedagoga e mãe de Helô, Gustavo e Maurício.
Trata-se
de um problema causado por uma malformação neurológica. “Essa
dificuldade de aprendizado não acontece a partir de uma deficiência
mental ou má escolarização. As crianças não têm problema de inteligência
ou QI, mas para o raciocínio matemático, por exemplo, ela não tem noção
de proporção e posição numérica”, explica a especialista.
“Por ser um quadro disfuncional, é como se todas as
áreas que deveriam estar trabalhando no cérebro, nas área de
raciocínio, lógica matemática e espaço estivessem mal-conectadas”,
define Luciana. Crianças com
discalculia não conseguem identificar sinais matemáticos, fazer
contas, classificar números, entender medidas de tamanho, seguir
sequências, ver as horas, entender o valor de moedas e compreender
conceitos matemáticos, por exemplo.
Como diferenciar?
“Não podemos confundir discalculia com insegurança cultural que
observamos na aprendizagem da matemática ou com má pedagogia por não
ocorrer a completa transmissão de conteúdos de acordo com a idade e a
escolaridade”, alerta a especialista. A discalculia é um problema
biológico que nada tem a ver com aspectos do ambiente que afetam a
capacidade do seu filho em aprender matemática. Essas crianças costumam
ser muito inteligentes e capazes para a escola, mas surpreendentemente
não conseguem manter o mesmo padrão para as atividades matemáticas, na
geografia ou nas ciências, nas artes ou na educação física.
Diagnóstico
Ele requer avaliação multidisciplinar com o envolvimento de
especialistas nas áreas de psicopedagogia, neuropsicologia e
neuropediatria. “Os testes são qualitativos e quantitativos, mas o mais
importante é o diálogo entre a equipe para fazer o diagnóstico”, explica
a especialista.
Tratamento
Não existe cura para a discalculia, mas sim mecanismos para ajudar a
criança a se desenvolver da melhor forma, apesar de suas restrições. O
tratamento é somente psicopedagógico, com exceção de casos com
transtornos associados, como o TDAH, que requerem medicações. É baseado
em adaptação curricular e suporte psicopedagógico para a criança. O
diálogo com a escola deve estar sempre presente — professores e
coordenadores precisam compreender a dificuldade e fazer modificações no
conteúdo, para facilitar a aprendizagem da matemática. Não existe cura
para esta condição e o portador deverá aprender a lidar com o
transtorno.
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