Base Nacional Comum Curricular: Entenda as competências que são o “fio condutor” da BNCC
A Base Nacional Comum Curricular é o documento que determina os direitos
de aprendizagem de todo aluno cursando a Educação Básica no Brasil. A
Base possui 10 Competências Geraisque operam como um “fio condutor”.
Essas competências devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de
todos os anos da Educação Básica e, por isso, permeiam cada um dos
componentes curriculares, das habilidades e das aprendizagens essenciais
especificados no documento da BNCC, além daqueles que serão inseridos
nos currículos locais.
As Competências Gerais não devem ser interpretadas como um componente curricular, mas tratadas de forma transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento e etapas da educação. Elas “foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século 21”.
Redação Porvir
Elas indicam o norte para a compreensão das escolhas curriculares, que
conta com a participação das escolas. Mas o que pode ser considerado
uma competência? Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?
Como funciona, na prática, a orientação por competências? Ao longo do
texto, respondemos a essas e outras questões. Quer saber tudo sobre o
assunto? Vamos adiante!
O que a Base Nacional Comum Curricular entende por competência?
Para a construção da Base Nacional Comum Curricular, considerou-se competência como sendo a mobilizaçãode conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para
resolver demandas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. Isso significa que competência é aquilo que permite
aos estudantes desenvolverem plenamente cada uma das habilidades e
aprendizagens essenciais estipuladas pela Base.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?
As 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular acompanham o
desenvolvimento dos alunos desde a Educação Infantil até o Ensino
Médio. Vamos conhecê-las?
1. Conhecimento: Valorizar
e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
2. Pensamento científico, crítico e criativo: Exercitar
a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Repertório cultural: Valorizar
e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4. Comunicação: Utilizar
diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Cultura digital: Compreender,
utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Trabalho e projeto de vida: Valorizar
a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentação: Argumentar
com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e
o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
8. Autoconhecimento e autocuidado: Conhecer-se,
apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Empatia e cooperação: Exercitar
a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Responsabilidade e cidadania: Agir
pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Na prática, como funciona?
Todas as competências indicam o quedeve
ser aprendido pelos estudantes (o objetivo é identificado por verbos
infinitivos que iniciam as descrições), do mesmo modo que especificam com que finalidade determinada
competência deverá ser desenvolvida, elucidando a sua importância para a
formação do estudante ao longo da Educação Básica.
Vamos tomar a primeira Competência, como exemplo:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Partindo dessa descrição, os conhecimentos dos campos de experiência e das áreas específicas devem ser mobilizados para compreender e explicar a realidade, protagonizar escolhas e agir de maneira colaborativa, com a intenção de construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Progressão das Competências Gerais
É importante ressaltar que as Competências Gerais mantêm-se as mesmas da Educação Infantil ao Ensino Médio,
mas se desdobram ao longo de cada uma dessas etapas da educação
para adequarem-se às particularidades de cada fase do desenvolvimento
dos estudantes.
Na Educação Infantil
Para esta etapa, as 10 Competências Gerais da Base se desdobram em direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, dentro dos 5 campos de experiência da Educação Infantil.
No Ensino Fundamental
No Ensino Fundamental, as Competências Gerais estão presentes em unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhadas dentro de cada área do conhecimento e componentes curriculares específicos.
Confira os esquemas:
Qual é a vantagem da orientação por competências?
Por meio da orientação por competências, o aluno é convidado a deixar
sua posição inerte na rotina da sala de aula para – muito além de apenas
compreender conceitos – propor e testar soluções em situações
verdadeiras, conectadas à sua realidade local. O estudante também é
motivado a interagir, assumindo um papel mais participativo na
sociedade, de forma que ele seja capaz de construir e expor argumentos,
expressando seus princípios e valores.
Base Nacional Comum Curricular: Entenda as competências que são o “fio condutor” da BNCC
A Base Nacional Comum Curricular é o documento que determina os direitos
de aprendizagem de todo aluno cursando a Educação Básica no Brasil. A
Base possui 10 Competências Geraisque operam como um “fio condutor”.
Essas competências devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de
todos os anos da Educação Básica e, por isso, permeiam cada um dos
componentes curriculares, das habilidades e das aprendizagens essenciais
especificados no documento da BNCC, além daqueles que serão inseridos
nos currículos locais.
As Competências Gerais não devem ser interpretadas como um componente curricular, mas tratadas de forma transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento e etapas da educação. Elas “foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século 21”.
Redação Porvir
Elas indicam o norte para a compreensão das escolhas curriculares, que
conta com a participação das escolas. Mas o que pode ser considerado
uma competência? Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?
Como funciona, na prática, a orientação por competências? Ao longo do
texto, respondemos a essas e outras questões. Quer saber tudo sobre o
assunto? Vamos adiante!
O que a Base Nacional Comum Curricular entende por competência?
Para a construção da Base Nacional Comum Curricular, considerou-se competência como sendo a mobilizaçãode conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para
resolver demandas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. Isso significa que competência é aquilo que permite
aos estudantes desenvolverem plenamente cada uma das habilidades e
aprendizagens essenciais estipuladas pela Base.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?
As 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular acompanham o
desenvolvimento dos alunos desde a Educação Infantil até o Ensino
Médio. Vamos conhecê-las?
1. Conhecimento: Valorizar
e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
2. Pensamento científico, crítico e criativo: Exercitar
a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Repertório cultural: Valorizar
e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4. Comunicação: Utilizar
diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Cultura digital: Compreender,
utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Trabalho e projeto de vida: Valorizar
a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentação: Argumentar
com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e
o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
8. Autoconhecimento e autocuidado: Conhecer-se,
apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Empatia e cooperação: Exercitar
a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Responsabilidade e cidadania: Agir
pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Na prática, como funciona?
Todas as competências indicam o quedeve
ser aprendido pelos estudantes (o objetivo é identificado por verbos
infinitivos que iniciam as descrições), do mesmo modo que especificam com que finalidade determinada
competência deverá ser desenvolvida, elucidando a sua importância para a
formação do estudante ao longo da Educação Básica.
Vamos tomar a primeira Competência, como exemplo:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Partindo dessa descrição, os conhecimentos dos campos de experiência e das áreas específicas devem ser mobilizados para compreender e explicar a realidade, protagonizar escolhas e agir de maneira colaborativa, com a intenção de construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Progressão das Competências Gerais
É importante ressaltar que as Competências Gerais mantêm-se as mesmas da Educação Infantil ao Ensino Médio,
mas se desdobram ao longo de cada uma dessas etapas da educação
para adequarem-se às particularidades de cada fase do desenvolvimento
dos estudantes.
Na Educação Infantil
Para esta etapa, as 10 Competências Gerais da Base se desdobram em direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, dentro dos 5 campos de experiência da Educação Infantil.
No Ensino Fundamental
No Ensino Fundamental, as Competências Gerais estão presentes em unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhadas dentro de cada área do conhecimento e componentes curriculares específicos.
Confira os esquemas:
Qual é a vantagem da orientação por competências?
Por meio da orientação por competências, o aluno é convidado a deixar
sua posição inerte na rotina da sala de aula para – muito além de apenas
compreender conceitos – propor e testar soluções em situações
verdadeiras, conectadas à sua realidade local. O estudante também é
motivado a interagir, assumindo um papel mais participativo na
sociedade, de forma que ele seja capaz de construir e expor argumentos,
expressando seus princípios e valores.
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