Professor faz dinâmica sobre empatia e inspira alunos a se ajudarem


“As palavras dele foram impactantes e necessárias para nossa turma, as recebemos de coração aberto.”

Teve choro, abraços e palavras de conforto. Foi como terminou a dinâmica sobre empatiaque o professor Rilton Vianna fez com seis turmas do ensino médio de uma escola particular em Cajazeiras, na Paraíba.
Tudo começou depois que uma aluna comentou com Rilton sobre um colega que parecia estar com problemas, terminando com um pedido de ajuda. Aí o professor pensou: como eu vou ajudar esse aluno, sem que pareça que a mensagem é direcionada a ele? Foi então que Rilton teve a ideia de fazer um jogo com a turma desse aluno.
O professor fez uma lista de perguntas questionando os estudantes se em algum momento ofereceram apoio emocional a um colega que aparentava estar com problemas, ou, ao contrário, fizeram piadas. Pelas respostas, Rilton viu a necessidade da turma ficar mais unida.
A ideia evoluiu para dinâmica sobre empatia. Rilton dividiu a turma em dois grupos: o grupo ímpar e o grupo par. Em um pedaço de papel, os alunos do grupo ímpar deveriam escrever uma angústia (real ou inventada); os alunos do grupo par, frases de conforto.
“Notei que os mais afetados eram os alunos do terceiro ano. A pressão por ser ano de vestibular, as múltiplas tarefas atribuídas pela escola, problemas familiares e outros problemas que surgem nessa idade… Tudo isso estava estampado em seus rostos”, contou Rilton.

“Resolvi, então, que era hora de agir, mas eu sabia que só palestrar para eles como eles precisavam ser fortes não seria de grande ajuda, afinal, nós lemos e ouvimos esse tipo de coisa todos os dias.”

Empatia: a resposta estava na empatia, afirma o professor. Era hora dos estudantes colocarem para fora suas angústias e de ouvirem palavras que há algum tempo precisavam ouvir. Foi melhor do que Rilton imaginava que seria!
“Os resultados ultrapassaram as minhas expectativas. Eles se emocionaram durante a realização da dinâmica, e já é nítida a mudança em seu comportamento. Agora, eles deixaram de ser apenas uma turma: passaram a ser um time”, comemora Rilton.
Um time de marinheiros, todos no mesmo barco e remando juntos! 
“Não estamos sozinhos”
Uma turma o 3º ano contou ao Razões o quanto a dinâmica foi importante, reforçando o que o professor disse acima, confira:
“Em nossas costas não estão livros, cadernos e canetas. As salas não são mais de aula e as cadeiras não possuem mais alunos. Não sei como, mas no terceiro ano tudo muda: em casa, na sala e dentro da gente. Com a pressão que a gente carrega, vinda da sociedade, da família, até de nós mesmos, começamos a nos puxar pro fundo do poço sem perceber.Vivemos em constante contradição em acreditar nos discursos de “Trabalhe em quanto eles saem, estude enquanto eles dormem e viva o que eles sonham.” Ou naqueles que nos asseguram estar tudo bem, que cada indivíduo tem seu tempo e as nossas preocupações são passageiras.
O pior é enfrentar tudo isso sozinhos, num momento em que ainda estamos cheios de dúvidas, formando nossa personalidade. Na sala de aula vem o sentimento de incapacidade e por dentro um sentimento de incompreensão, por mais que em sala tenhamos mais de 20 alunos que talvez, passem por a mesma coisa, não conseguimos enxergar ou até mesmo ter empatia.
A dinâmica que o professor nos proporcionou nos fez ver que não estamos sozinhos. Que as angustias passadas por nós também são uma realidade de outras pessoas e, com isso, descobrimos que podemos partilhar dos nossos desconfortos e assim sermos confortados, um apoiando o outro. Rilton, humanamente, nos mostrou quão frágeis somos e como isso é a nossa maior riqueza: sermos seres sensíveis. É comum vermos professores quererem que corramos o máximo, sem se importar com os tropeços e os joelhos ralados, mas é essencial termos alguém que nos estenda a mão para que caminhemos juntos, e ele foi essa pessoa. Nos ajudou e inspirou a mudarmos nossas ações, sermos mais solidários com o próximo, nos mostrou que somos capazes. As palavras dele foram impactantes e necessárias para nossa turma, as recebemos de coração aberto.”
O poder do exemplo!
O professor compartilhou a dinâmica na sua conta do Twitter. A série de tuítes viralizou, e Rilton começou a receber mensagens de professores de outras regiões do país interessados em replicar a atividades com seus alunos: do ensino básico ao superior. Ele achou incrível e quer mais que a dinâmica crise asas! Para isso, Rilton criou um passo a passo, que explica direitinho como realizar a atividade. Transformamos em um documento online, disponível aqui.




“As palavras dele foram impactantes e necessárias para nossa turma, as recebemos de coração aberto.”

Teve choro, abraços e palavras de conforto. Foi como terminou a dinâmica sobre empatiaque o professor Rilton Vianna fez com seis turmas do ensino médio de uma escola particular em Cajazeiras, na Paraíba.
Tudo começou depois que uma aluna comentou com Rilton sobre um colega que parecia estar com problemas, terminando com um pedido de ajuda. Aí o professor pensou: como eu vou ajudar esse aluno, sem que pareça que a mensagem é direcionada a ele? Foi então que Rilton teve a ideia de fazer um jogo com a turma desse aluno.
O professor fez uma lista de perguntas questionando os estudantes se em algum momento ofereceram apoio emocional a um colega que aparentava estar com problemas, ou, ao contrário, fizeram piadas. Pelas respostas, Rilton viu a necessidade da turma ficar mais unida.
A ideia evoluiu para dinâmica sobre empatia. Rilton dividiu a turma em dois grupos: o grupo ímpar e o grupo par. Em um pedaço de papel, os alunos do grupo ímpar deveriam escrever uma angústia (real ou inventada); os alunos do grupo par, frases de conforto.
“Notei que os mais afetados eram os alunos do terceiro ano. A pressão por ser ano de vestibular, as múltiplas tarefas atribuídas pela escola, problemas familiares e outros problemas que surgem nessa idade… Tudo isso estava estampado em seus rostos”, contou Rilton.

“Resolvi, então, que era hora de agir, mas eu sabia que só palestrar para eles como eles precisavam ser fortes não seria de grande ajuda, afinal, nós lemos e ouvimos esse tipo de coisa todos os dias.”

Empatia: a resposta estava na empatia, afirma o professor. Era hora dos estudantes colocarem para fora suas angústias e de ouvirem palavras que há algum tempo precisavam ouvir. Foi melhor do que Rilton imaginava que seria!
“Os resultados ultrapassaram as minhas expectativas. Eles se emocionaram durante a realização da dinâmica, e já é nítida a mudança em seu comportamento. Agora, eles deixaram de ser apenas uma turma: passaram a ser um time”, comemora Rilton.
Um time de marinheiros, todos no mesmo barco e remando juntos! 
“Não estamos sozinhos”
Uma turma o 3º ano contou ao Razões o quanto a dinâmica foi importante, reforçando o que o professor disse acima, confira:
“Em nossas costas não estão livros, cadernos e canetas. As salas não são mais de aula e as cadeiras não possuem mais alunos. Não sei como, mas no terceiro ano tudo muda: em casa, na sala e dentro da gente. Com a pressão que a gente carrega, vinda da sociedade, da família, até de nós mesmos, começamos a nos puxar pro fundo do poço sem perceber.Vivemos em constante contradição em acreditar nos discursos de “Trabalhe em quanto eles saem, estude enquanto eles dormem e viva o que eles sonham.” Ou naqueles que nos asseguram estar tudo bem, que cada indivíduo tem seu tempo e as nossas preocupações são passageiras.
O pior é enfrentar tudo isso sozinhos, num momento em que ainda estamos cheios de dúvidas, formando nossa personalidade. Na sala de aula vem o sentimento de incapacidade e por dentro um sentimento de incompreensão, por mais que em sala tenhamos mais de 20 alunos que talvez, passem por a mesma coisa, não conseguimos enxergar ou até mesmo ter empatia.
A dinâmica que o professor nos proporcionou nos fez ver que não estamos sozinhos. Que as angustias passadas por nós também são uma realidade de outras pessoas e, com isso, descobrimos que podemos partilhar dos nossos desconfortos e assim sermos confortados, um apoiando o outro. Rilton, humanamente, nos mostrou quão frágeis somos e como isso é a nossa maior riqueza: sermos seres sensíveis. É comum vermos professores quererem que corramos o máximo, sem se importar com os tropeços e os joelhos ralados, mas é essencial termos alguém que nos estenda a mão para que caminhemos juntos, e ele foi essa pessoa. Nos ajudou e inspirou a mudarmos nossas ações, sermos mais solidários com o próximo, nos mostrou que somos capazes. As palavras dele foram impactantes e necessárias para nossa turma, as recebemos de coração aberto.”
O poder do exemplo!
O professor compartilhou a dinâmica na sua conta do Twitter. A série de tuítes viralizou, e Rilton começou a receber mensagens de professores de outras regiões do país interessados em replicar a atividades com seus alunos: do ensino básico ao superior. Ele achou incrível e quer mais que a dinâmica crise asas! Para isso, Rilton criou um passo a passo, que explica direitinho como realizar a atividade. Transformamos em um documento online, disponível aqui.




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