O
processo de alfabetização inicia antes da entrada da criança na escola;
é natural, espontânea, e acontece pelo contato com as coisas que há no
meio em que a criança vive. Por isso, é comum que a criança inicie sua
aprendizagem do sistema de escrita nos mais variados contextos. A
escrita faz parte do mundo da criança, ela trabalha cognitivamente desde
muito cedo utilizando informações das mais variadas procedências:
embalagens, cartazes de rua, TV, peças de vestuário, livros, revistas,
seu próprio nome. Portanto, não faz sentido deixar a criança à margem da
língua escrita.
A produção deste
material tem como objetivo fornecer suportes e sugestões aos
professores de alfabetização que trabalham com alunos não alfabetizados
e/ou com dificuldades no processo de construção da leitura e escrita. A
ideia é apoiar e fortalecer o trabalho das Unidades de Ensino, de modo
que contribua diretamente com a qualidade do ensino, alcançando assim
resultados significativos no processo de alfabetização dos nossos
alunos. Este material é composto por textos sobre o processo de
alfabetização e letramento, concepções acerca da leitura e escrita,
compreensão do sistema de escrita e a função social, os níveis da
escrita, atividades iniciais de alfabetização, sugestões de atividades
práticas de leitura, além de sugestões de atividades de alfabetização.
1. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A
alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização
como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é
definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e
suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas
habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas
na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e
produzir conhecimento.
Todas
essas capacidades citadas anteriormente, só serão concretizadas se os
alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno
precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A
alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de
compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.
Alfabetização
pode ser definida como o domínio da linguagem oral e da consciência
metalinguística: capacidade de manipular e refletir intencionalmente
sobre a linguagem, de falar, ler, escrever de forma competente.
A
alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que
possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com
outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas
pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do
exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como
um todo.
Letramento é entendido
hoje como a capacidade de dominar a leitura e a escrita, neste sentido
uma pessoa letrada é aquela que as domina e utiliza com competência, em
seu meio social, pois só assim o indivíduo se tornará alfabetizado e
letrado. De acordo com a autora Soares há a necessidade de
diferenciá-los, pois pode-se confundir os dois processos, gerando assim
um conflito na compreensão dos mesmos; e ao aproximá-los percebemos que a
alfabetização pode modificar o entendimento de letramento, como ao
mesmo tempo depende dele.
Segundo
Soares (2003), o termo letramento surgiu em 1980, como verdadeira
condição para sobrevivência e a conquista da cidadania, no contexto das
transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e SUGESTÕES DE
ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO SAEP - Sistema de Avaliação Educacional de
Palmas – TO Página 5 tecnológicas. Ampliando, assim o sentido do que
tradicionalmente se conhecia por alfabetização. Letramento não é
necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou
a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como
consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003).
Surge,
então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas
“que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS),
e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não,
convive com as práticas de leitura e escrita. Por exemplo, quando um pai
lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de
letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita.
“Letramento é o conjunto de práticas ligadas à leitura e à escrita em
que os indivíduos se envolvem em seu contexto social.” (Soares, 2000).
Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo
letrado ao que domina apenas a técnica de escrever (ser alfabetizado),
mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe "responder às exigências de
leitura e escrita que a sociedade faz continuamente".
O
processo de alfabetização inicia antes da entrada da criança na escola;
é natural, espontânea, e acontece pelo contato com as coisas que há no
meio em que a criança vive. Por isso, é comum que a criança inicie sua
aprendizagem do sistema de escrita nos mais variados contextos. A
escrita faz parte do mundo da criança, ela trabalha cognitivamente desde
muito cedo utilizando informações das mais variadas procedências:
embalagens, cartazes de rua, TV, peças de vestuário, livros, revistas,
seu próprio nome. Portanto, não faz sentido deixar a criança à margem da
língua escrita.
A produção deste
material tem como objetivo fornecer suportes e sugestões aos
professores de alfabetização que trabalham com alunos não alfabetizados
e/ou com dificuldades no processo de construção da leitura e escrita. A
ideia é apoiar e fortalecer o trabalho das Unidades de Ensino, de modo
que contribua diretamente com a qualidade do ensino, alcançando assim
resultados significativos no processo de alfabetização dos nossos
alunos. Este material é composto por textos sobre o processo de
alfabetização e letramento, concepções acerca da leitura e escrita,
compreensão do sistema de escrita e a função social, os níveis da
escrita, atividades iniciais de alfabetização, sugestões de atividades
práticas de leitura, além de sugestões de atividades de alfabetização.
1. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A
alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização
como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é
definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e
suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas
habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas
na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e
produzir conhecimento.
Todas
essas capacidades citadas anteriormente, só serão concretizadas se os
alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno
precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A
alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de
compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.
Alfabetização
pode ser definida como o domínio da linguagem oral e da consciência
metalinguística: capacidade de manipular e refletir intencionalmente
sobre a linguagem, de falar, ler, escrever de forma competente.
A
alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que
possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com
outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas
pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do
exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como
um todo.
Letramento é entendido
hoje como a capacidade de dominar a leitura e a escrita, neste sentido
uma pessoa letrada é aquela que as domina e utiliza com competência, em
seu meio social, pois só assim o indivíduo se tornará alfabetizado e
letrado. De acordo com a autora Soares há a necessidade de
diferenciá-los, pois pode-se confundir os dois processos, gerando assim
um conflito na compreensão dos mesmos; e ao aproximá-los percebemos que a
alfabetização pode modificar o entendimento de letramento, como ao
mesmo tempo depende dele.
Segundo
Soares (2003), o termo letramento surgiu em 1980, como verdadeira
condição para sobrevivência e a conquista da cidadania, no contexto das
transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e SUGESTÕES DE
ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO SAEP - Sistema de Avaliação Educacional de
Palmas – TO Página 5 tecnológicas. Ampliando, assim o sentido do que
tradicionalmente se conhecia por alfabetização. Letramento não é
necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou
a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como
consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003).
Surge,
então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas
“que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS),
e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não,
convive com as práticas de leitura e escrita. Por exemplo, quando um pai
lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de
letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita.
“Letramento é o conjunto de práticas ligadas à leitura e à escrita em
que os indivíduos se envolvem em seu contexto social.” (Soares, 2000).
Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo
letrado ao que domina apenas a técnica de escrever (ser alfabetizado),
mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe "responder às exigências de
leitura e escrita que a sociedade faz continuamente".
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