EDUCAÇÃO NO BRASIL
DARCY RIBEIRO E A CRISE DA EDUCAÇÃO
Em 1977, numa palestra que ele chamou de "SOBRE O ÓBVIO", num Congresso da SBPC proferiu a seguinte frase "A Crise da Educação no Brasil não é uma Crise, é um Projeto". Na verdade Darcy Ribeiro estava prenunciando a partir da tendência traçada naquela época, a futura trajetória do Plano Político Pedagógico da Educação no Brasil.
Embora já tivéssemos algumas faculdades, a 1ª universidade, a USP só foi criada em 1934 e somente para atender a necessidade da concessão de um Título ao Rei da Bégica que visitava o país. O descaso fica evidente ao saber que já haviam universidades nos Países vizinhos desde o século XVI.
A alienação do povo sempre foi uma estratégia das elites dominantes do Brasil, e essa estratégia e tão eficaz que ela foi retomada com toda a força pelo governo militar que era a instituição responsavel pela manutenção das tradicionais elites, no poder. É um projeto e tem uma base ideológica forte.
A crise na educação do Brasil nos traz limites, mas também nos permite possibilidades. Os limites estão no sistema educacional, que ainda é arcaico e ultrapassado e não consegue acompanhar as transformações da atual sociedade (conhecida como “sociedade da informação”), deixando a escola numa situação delicada diante das exigências do mundo globalizado.
No entanto, é possível que, em meio às turbulências que ora vivenciamos no Sistema Educacional, possamos enxergar grandes possibilidades para enfrentarmos a crise na educação, como por exemplo: o conhecimento e utilização das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação na prática pedagógica, além de uma formação continuada para os profissionais envolvidos na educação, principalmente os docentes, que são um dos sujeitos diretamente envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Obviamente, a educação sempre foi considerada um bem em si, pelas oportunidades que oferece enxergando muitas vezes somente enriquecimento financeiro e deixando de lado o enriquecimento cultural. Estas condições para que a universalização do acesso à escola se transforme em prioridade das políticas governamentais são primordiais em qualquer governo. É claro que há outras razões básicas que incentivam políticas públicas no sentido de promover a educação em geral e, especialmente, a escolarização básica, porém, infelizmente no Brasil, a burocracia, sistema legislativo e educacional estão de olhos vendados e mãos lavadas para tal situação.
As mudanças na sociedade contemporânea só acontecerão quando houver chances para tal, tornar-se-ão melhores se carregadas de otimismo que nos mantenham ativos e atentos porque “o desafio de uma luta efetiva contra as políticas neoliberais é enorme e complexo” (GENTILI, 1996).
Nesse contexto, torna-se necessário que todas as esferas sociais se unam num grande esforço de articulação, uma vez que as transformações sociais tornam-se elemento fundamental para o verdadeiro exercício da cidadania.
A escola, por sua vez, assume a qualidade de uma instituição imprescindível para capacitação permanente dos profissionais de educação, que além de educadores e técnicos, deverão estar comprometidos com a educação de indivíduos excluídos socialmente.
No entanto, a reforma no Sistema Educacional é um processo complexo que necessita da participação de todos os setores sociais. Porém, o interesse maior deve partir dos educadores, que não podem esperar para serem meros executores dessa reforma.
Portanto, concluímos que diante dos avanços tecnológicos, demandados da sociedade contemporânea, surge a necessidade de profissionais da educação capazes de enxergar muito mais longe, enfocando uma escola que não seja apenas idealizada para o futuro, mas a escola do agora.
Darcy Ribeiro
Revisão, pesquisa e colaboração.
Prof. Marcos L Souza
Marcos Leonardo de Souza é Educador e Escritor. Licenciado em Pedagogia, História e Música, com Pós-Graduação Lato Senso em Psicopedagogia, Alfabetização e Letramento, Educação Lúdica, Educação Musical, Educação Infantil, atuando nas áreas de consultoria, assessoria pedagógica, treinamentos, oficinas e palestras. Mestre em Educação.
EDUCAÇÃO NO BRASIL
DARCY RIBEIRO E A CRISE DA EDUCAÇÃO
Em 1977, numa palestra que ele chamou de "SOBRE O ÓBVIO", num Congresso da SBPC proferiu a seguinte frase "A Crise da Educação no Brasil não é uma Crise, é um Projeto". Na verdade Darcy Ribeiro estava prenunciando a partir da tendência traçada naquela época, a futura trajetória do Plano Político Pedagógico da Educação no Brasil.
Embora já tivéssemos algumas faculdades, a 1ª universidade, a USP só foi criada em 1934 e somente para atender a necessidade da concessão de um Título ao Rei da Bégica que visitava o país. O descaso fica evidente ao saber que já haviam universidades nos Países vizinhos desde o século XVI.
A alienação do povo sempre foi uma estratégia das elites dominantes do Brasil, e essa estratégia e tão eficaz que ela foi retomada com toda a força pelo governo militar que era a instituição responsavel pela manutenção das tradicionais elites, no poder. É um projeto e tem uma base ideológica forte.
A crise na educação do Brasil nos traz limites, mas também nos permite possibilidades. Os limites estão no sistema educacional, que ainda é arcaico e ultrapassado e não consegue acompanhar as transformações da atual sociedade (conhecida como “sociedade da informação”), deixando a escola numa situação delicada diante das exigências do mundo globalizado.
No entanto, é possível que, em meio às turbulências que ora vivenciamos no Sistema Educacional, possamos enxergar grandes possibilidades para enfrentarmos a crise na educação, como por exemplo: o conhecimento e utilização das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação na prática pedagógica, além de uma formação continuada para os profissionais envolvidos na educação, principalmente os docentes, que são um dos sujeitos diretamente envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Obviamente, a educação sempre foi considerada um bem em si, pelas oportunidades que oferece enxergando muitas vezes somente enriquecimento financeiro e deixando de lado o enriquecimento cultural. Estas condições para que a universalização do acesso à escola se transforme em prioridade das políticas governamentais são primordiais em qualquer governo. É claro que há outras razões básicas que incentivam políticas públicas no sentido de promover a educação em geral e, especialmente, a escolarização básica, porém, infelizmente no Brasil, a burocracia, sistema legislativo e educacional estão de olhos vendados e mãos lavadas para tal situação.
As mudanças na sociedade contemporânea só acontecerão quando houver chances para tal, tornar-se-ão melhores se carregadas de otimismo que nos mantenham ativos e atentos porque “o desafio de uma luta efetiva contra as políticas neoliberais é enorme e complexo” (GENTILI, 1996).
Nesse contexto, torna-se necessário que todas as esferas sociais se unam num grande esforço de articulação, uma vez que as transformações sociais tornam-se elemento fundamental para o verdadeiro exercício da cidadania.
A escola, por sua vez, assume a qualidade de uma instituição imprescindível para capacitação permanente dos profissionais de educação, que além de educadores e técnicos, deverão estar comprometidos com a educação de indivíduos excluídos socialmente.
No entanto, a reforma no Sistema Educacional é um processo complexo que necessita da participação de todos os setores sociais. Porém, o interesse maior deve partir dos educadores, que não podem esperar para serem meros executores dessa reforma.
Portanto, concluímos que diante dos avanços tecnológicos, demandados da sociedade contemporânea, surge a necessidade de profissionais da educação capazes de enxergar muito mais longe, enfocando uma escola que não seja apenas idealizada para o futuro, mas a escola do agora.
Darcy Ribeiro
Revisão, pesquisa e colaboração.
Prof. Marcos L Souza
Marcos Leonardo de Souza é Educador e Escritor. Licenciado em Pedagogia, História e Música, com Pós-Graduação Lato Senso em Psicopedagogia, Alfabetização e Letramento, Educação Lúdica, Educação Musical, Educação Infantil, atuando nas áreas de consultoria, assessoria pedagógica, treinamentos, oficinas e palestras. Mestre em Educação.
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