EDUCAÇÃO FÍSICA- Idade Média e Renascimento

EDUCAÇÃO FÍSICA- Idade Média e Renascimento

Na época medieval, predominavam os torneios e os duelos entre cavaleiros e cavalarias, que apesar de serem realizados de forma muito solene eram superviolentos, sobretudo devido ao armamento utilizado: lanças e espadas.
Uma vez desaparecida a ginástica higiénica, o único vislumbre de preparação física intensa durante o período medieval foi a levada a cabo pelo cavaleiro feudal, orientada para a guerra, torneios e justas. A crise que a educação física atravessou durante o longo período que vai do século VI ao século XIV deveu-se fundamentalmente ao espiritualismo imposto pela Igreja, que procurava prioritariamente a saúde (ou salvação) da alma, condenava o orgulho da vida terrena e menosprezava toda a actividade físico-desportiva. O facto de o cristianismo associar, em geral, a barbárie dos espectáculos romanos, onde os crentes tinham sido objecto de inúmeros sacrifícios sob o Império Romano, à actividade física de carácter lúdico influenciou de forma negativa a imagem do desporto. Assim, o atletismo, por exemplo, que tinha sido a base da educação física na Grécia antiga, praticamente desapareceu na Idade Média.
Por isso, como expoente quase único da educação física pode citar-se o treino que os jovens recebiam para se tornarem cavaleiros, depois de passarem, desde crianças, pelas categorias de pajem e escudeiro. Na sua preparação aprendiam esgrima, equitação, tiro, luta, natação e outras habilidades físicas. A concreção dos ideais de cavalaria tinha como marco as justas (confrontos entre dois cavaleiros) e torneios (verdadeiras batalhas que dois grupos de cavaleiros enfrentavam). Também adquiriram grande importância os jogos de bola, sobretudo a palma e a sou/e.
Na Renascença,recuperou-se a concepção dos gregos: uma educação para o homem de forma integral: "o físico, o intelectual e  a moral", retomando dessa forma o valor da atividade física.
Após a Idade Média, o interesse que despertou a cultura clássica fez com que a educação física voltasse a ser apreciada no Renascimento e, sobretudo, pelo humanismo, a partir do século XVI. Influenciado por Petrarca e Rabelais, o médico humanista Jeronimus Mercurialis publicou em 1569 Arte Ginástica, obra na qual recuperou a teoria da ginástica greco-romana, sobretudo no sentido do exercício físico para a saúde. A actividade física orientou-se basicamente para a vertente higiénica, em detrimento da formação de atletas (aspecto que não se recuperaria até finais do século XIX). Baltasar de Castiglione, na sua obra O Cortesão, traçou a imagem do perfeito cavalheiro renas- centista, incluindo inúmeras referências à educação física, que estava incluída no conceito de educação integral e servia para a expressão da personalidade do indivíduo.


EDUCAÇÃO FÍSICA- Idade Média e Renascimento

Na época medieval, predominavam os torneios e os duelos entre cavaleiros e cavalarias, que apesar de serem realizados de forma muito solene eram superviolentos, sobretudo devido ao armamento utilizado: lanças e espadas.
Uma vez desaparecida a ginástica higiénica, o único vislumbre de preparação física intensa durante o período medieval foi a levada a cabo pelo cavaleiro feudal, orientada para a guerra, torneios e justas. A crise que a educação física atravessou durante o longo período que vai do século VI ao século XIV deveu-se fundamentalmente ao espiritualismo imposto pela Igreja, que procurava prioritariamente a saúde (ou salvação) da alma, condenava o orgulho da vida terrena e menosprezava toda a actividade físico-desportiva. O facto de o cristianismo associar, em geral, a barbárie dos espectáculos romanos, onde os crentes tinham sido objecto de inúmeros sacrifícios sob o Império Romano, à actividade física de carácter lúdico influenciou de forma negativa a imagem do desporto. Assim, o atletismo, por exemplo, que tinha sido a base da educação física na Grécia antiga, praticamente desapareceu na Idade Média.
Por isso, como expoente quase único da educação física pode citar-se o treino que os jovens recebiam para se tornarem cavaleiros, depois de passarem, desde crianças, pelas categorias de pajem e escudeiro. Na sua preparação aprendiam esgrima, equitação, tiro, luta, natação e outras habilidades físicas. A concreção dos ideais de cavalaria tinha como marco as justas (confrontos entre dois cavaleiros) e torneios (verdadeiras batalhas que dois grupos de cavaleiros enfrentavam). Também adquiriram grande importância os jogos de bola, sobretudo a palma e a sou/e.
Na Renascença,recuperou-se a concepção dos gregos: uma educação para o homem de forma integral: "o físico, o intelectual e  a moral", retomando dessa forma o valor da atividade física.
Após a Idade Média, o interesse que despertou a cultura clássica fez com que a educação física voltasse a ser apreciada no Renascimento e, sobretudo, pelo humanismo, a partir do século XVI. Influenciado por Petrarca e Rabelais, o médico humanista Jeronimus Mercurialis publicou em 1569 Arte Ginástica, obra na qual recuperou a teoria da ginástica greco-romana, sobretudo no sentido do exercício físico para a saúde. A actividade física orientou-se basicamente para a vertente higiénica, em detrimento da formação de atletas (aspecto que não se recuperaria até finais do século XIX). Baltasar de Castiglione, na sua obra O Cortesão, traçou a imagem do perfeito cavalheiro renas- centista, incluindo inúmeras referências à educação física, que estava incluída no conceito de educação integral e servia para a expressão da personalidade do indivíduo.



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