Há 100 anos nascia Tatiana Belinky, a menina que queria ser bruxa e virou escritora


Há 100 anos nascia Tatiana Belinky, a menina que queria ser bruxa e virou escritora


Tatiana Belinky, que nasceu na Rússia e viveu no Brasil dos 10 anos até sua morte, aos 94 anos, em 2013, escreveu e adaptou obras marcantes da literatura infantil e é celebrada em seu centenário.

Uma das mais importantes e respeitadas escritoras da literatura infantojuvenil brasileira, Tatiana Belinky nasceu há exatos 100 anos, no dia 18 de março de 1919, em São Petersburgo (que, à época, se chamava Petrogrado), na Rússia.


“Quando eu era menina, na Rússia, eu sempre dizia que queria ser uma bruxa. Uma bruxa?, me perguntavam os adultos, com surpresa. E eu respondia: É, uma bruxa. Bruxa é bonita e tem poderes… Fadas são umas chatinhas, sempre muuuuito certinhas… Aí, quando eu cheguei ao Brasil e conheci a Emília do Monteiro Lobato, eu pensei assim: Não, não quero mais ser bruxa, eu quero ser a Emília.” Tatiana Belinky, que desembarcou no Brasil aos 10 anos com a família para fugir das guerras civis que assolavam seu país, costumava contar essa história.

A autora, celebrada agora em seu centenário, começou a trabalhar com adaptações, traduções e peças infantis para a prefeitura de São Paulo em 1948 - e fazia isso com o marido. Quatro anos depois, eles criaram o programa Os Três Ursos a pedido da TV Tupi, que conquistou tanto sucesso a ponto de definir a carreira de escritora de Tatiana. Logo, o casal foi convidado a ter um programa fixo na emissora. Foi lá que ela e Júlio fizeram a primeira adaptação da obra de Monteiro Lobato em Sítio do Picapau Amarelo.

O casal ficou na emissora até 1966 e, seis anos depois, Tatiana iniciou uma série de colaborações na imprensa, escrevendo sobre crianças especialmente para o Estado e o Jornal da Tarde. Em 1984, ela lança Teatro da Juventude, que reúne suas adaptações, e no ano seguinte publica suas primeiras obras autorais: A Operação Tio Onofre, nas livrarias até hoje, mas com uma capa mais politicamente correta, e Medroso! Medroso!, também disponível.

Editora Ática/Reprodução

Tatiana escreveu mais de 270 livros, entre eles Coral dos Bichos, O Grande Rabanete, O Livro das Tatianices e Transplante de Menina. No campo da tradução, destaque para O Cão Fantasma, de Ivan Turguêniev, e Histórias de Bulka, de Lev Tolstoi. Entre as adaptações, Simbad e Os Marujos e Aladim e a Lâmpada Maravilhosa.

Para Tatiana Belinky, nunca se deve subestimar a inteligência de uma criança “Criança é um público maravilhoso, interessado. Nunca se deve subestimar a inteligência de uma criança. Fazem perguntas que precisamos estar prontos para responder ou ser honestos o suficiente para dizer ‘não sei’”, dizia.


Tatiana Belinky teve sua história contada por Sérgio Roveri em Tatiana Belinky... E Quem Quiser Que Conte Outra, livro publicado na Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, e disponível para download gratuito.




Há 100 anos nascia Tatiana Belinky, a menina que queria ser bruxa e virou escritora


Tatiana Belinky, que nasceu na Rússia e viveu no Brasil dos 10 anos até sua morte, aos 94 anos, em 2013, escreveu e adaptou obras marcantes da literatura infantil e é celebrada em seu centenário.

Uma das mais importantes e respeitadas escritoras da literatura infantojuvenil brasileira, Tatiana Belinky nasceu há exatos 100 anos, no dia 18 de março de 1919, em São Petersburgo (que, à época, se chamava Petrogrado), na Rússia.


“Quando eu era menina, na Rússia, eu sempre dizia que queria ser uma bruxa. Uma bruxa?, me perguntavam os adultos, com surpresa. E eu respondia: É, uma bruxa. Bruxa é bonita e tem poderes… Fadas são umas chatinhas, sempre muuuuito certinhas… Aí, quando eu cheguei ao Brasil e conheci a Emília do Monteiro Lobato, eu pensei assim: Não, não quero mais ser bruxa, eu quero ser a Emília.” Tatiana Belinky, que desembarcou no Brasil aos 10 anos com a família para fugir das guerras civis que assolavam seu país, costumava contar essa história.

A autora, celebrada agora em seu centenário, começou a trabalhar com adaptações, traduções e peças infantis para a prefeitura de São Paulo em 1948 - e fazia isso com o marido. Quatro anos depois, eles criaram o programa Os Três Ursos a pedido da TV Tupi, que conquistou tanto sucesso a ponto de definir a carreira de escritora de Tatiana. Logo, o casal foi convidado a ter um programa fixo na emissora. Foi lá que ela e Júlio fizeram a primeira adaptação da obra de Monteiro Lobato em Sítio do Picapau Amarelo.

O casal ficou na emissora até 1966 e, seis anos depois, Tatiana iniciou uma série de colaborações na imprensa, escrevendo sobre crianças especialmente para o Estado e o Jornal da Tarde. Em 1984, ela lança Teatro da Juventude, que reúne suas adaptações, e no ano seguinte publica suas primeiras obras autorais: A Operação Tio Onofre, nas livrarias até hoje, mas com uma capa mais politicamente correta, e Medroso! Medroso!, também disponível.

Editora Ática/Reprodução

Tatiana escreveu mais de 270 livros, entre eles Coral dos Bichos, O Grande Rabanete, O Livro das Tatianices e Transplante de Menina. No campo da tradução, destaque para O Cão Fantasma, de Ivan Turguêniev, e Histórias de Bulka, de Lev Tolstoi. Entre as adaptações, Simbad e Os Marujos e Aladim e a Lâmpada Maravilhosa.

Para Tatiana Belinky, nunca se deve subestimar a inteligência de uma criança “Criança é um público maravilhoso, interessado. Nunca se deve subestimar a inteligência de uma criança. Fazem perguntas que precisamos estar prontos para responder ou ser honestos o suficiente para dizer ‘não sei’”, dizia.


Tatiana Belinky teve sua história contada por Sérgio Roveri em Tatiana Belinky... E Quem Quiser Que Conte Outra, livro publicado na Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, e disponível para download gratuito.




Nenhum comentário:

Postar um comentário